domingo, 11 de março de 2012

Comer, Rezar, Amar


Sim, eu sei que no ultimo post fiz uma promessa de não abandonar o blog e escrever sempre nele, mas a vida nos reserva surpresas o tempo todo e nem todas são boas. Eu não tive um bom começo de 2012, muitas mudanças, a vida de cabeça para baixo, nova rotina e adaptação e uma grande tristeza e medo do desconhecido me fizeram perder um pouco a inspiração, a vontade de escrever e o mais triste de tudo, a concentração para ler.
Mas tudo na vida passa, tanto os momentos bons quanto os ruins um dia ficam para traz e como ler e escrever são as maiores paixões da minha vida, estou aqui de volta, mais uma vez me dedicando a minha Blogteca e recheando essa estante digital com minha humilde opinião sobre os livros que leio e sobre as obras cinematográficas baseadas nesses livros.
Como eu disse que estava em um momento ruim na minha vida, nada melhor do que escrever sobre um livro que só agora eu compreendi a essência, um livro que não me prendeu nem um pouco durante a leitura, que eu cheguei inclusive a chamar de "insuportável" várias vezes, mas que agora, depois de passar por tudo que passei, começo a enxergá-lo com outros olhos, começo a perceber tudo o que a autora sentiu e o que ela quis demonstrar: A força que nós mulheres temos para sair de uma situação difícil, de cabeça erguida. Hoje eu quero falar sobre "Comer, Rezar, Amar" (Eat, Pray, Love).
O romance escrito por Elizabeth Gilbert é uma pequena autobiografia. Narrado em primeira pessoa, Gilbert nos conta sobre três viagens seguidas no período de 1 ano que decide fazer para se reerguer depois de um divórcio conturbado: 4 meses na Itália para aprender a falar italiano e provar todas as delícias gastronômicas do país, 4 meses na Índia em busca de espiritualidade e 4 meses em Bali em busca do equilíbrio.
O best seller mundial tem uma literatura fácil, mas não me prendeu muito, achei com pouca ação, no sentido que ela narra muito os seus sentimentos e pensamentos o que muitas horas deixa chato, afinal ela é uma mulher que está sofrendo e com a cabeça confusa e não acho que seja uma boa combinação para a literatura! Embora hoje, estando na mesma situação que ela, eu consiga compreende-la um pouco melhor.
A narração que a maioria do publico mais gosta e comenta é a da Itália, por ser menos séria, ela está no país em busca de diversão, afinal comer é super divertido, eu diria até que um dos grandes prazeres da vida!!! Liz me deixou super curiosa para conhecer Nápoles, afinal a pizza que ela comeu lá deve ser maravilhosa e eu como sou fascinada por pizza... já viram né?!! Mas essa parte do livro foi a que menos me interessou, talvez por ela só falar em comida, ou por a Itália ser o destino dos meus sonhos e eu achar que ela não explorou bem no livro... não sei, mas quase parei de ler quando acabaram os primeiros 36 capítulos.
A segunda parte me interessou mais acredito que porque fala sobre meditação que é um tema que me interessa já que eu realmente queria conseguir meditar como ela conseguiu e ela narra a busca de sua espiritualidade na Índia, conta um pouco a história de pessoas que conheceu por lá e como conseguiu se encontrar espiritualmente, sem forçar a barra ou tentar converter o leitor a nenhuma religião, apenas a busca da energia interior.
Mas a parte que mais gostei foi a última, quando Liz conta sua experiência em Bali, lugar em que ela foi para buscar equilíbrio e acaba encontrando um grande amor. E como toda mulher eu adoro quando um romance termina com final feliz. Sem contar que as histórias dos personagens que ela conhece nesse local, o shamã Kentut Liyer e a curandeira espiritual Wayan Nuriasih com sua filha Tutti são bem interessantes e divertidas.
Ah se eu tivesse com dinheiro sobrando, agora estaria utilizando "Comer, Rezar, Amar" como guia turístico e estaria dentro de um avião partindo para um dos três destinos e tendo alguns momentos de Elizabeth Gilbert. Eu recomendo o livro principalmente para mulheres, se estiver com a cabeça confusa então, vai gostar mais ainda, mas se estiver vivendo um momento de grande felicidade também vale porque é um excelente aprendizado de que no fim tudo dá certo. Dou nota 7 e recomendo!

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