terça-feira, 9 de agosto de 2011

Noites de Tormenta - O Filme

Depois de ler “Noites de Tormenta” (Night in Rodanthe) corri atrás de conseguir o filme homônimo e baseado no livro e a minha impressão foi “É, podia ser muito melhor”. Se ontem eu dei nota 7 para o livro, dou nota 5 para o filme.

 
Não é que o filme seja ruim, veja bem, a história central é a mesma. Adrienne Willis também é uma dona de casa que no inverno ajuda sua amiga Jean tomando conta de sua pousada cujo único hóspede é Paul Flanner um médico divorciado que dá mais valor ao trabalho que em sua relação com o filho Mark e que está hospedado em Rodanthe para conversar com Robert Torrelson viúvo de sua paciente que morreu na mesa de cirurgia.

 
Porém as diferenças são muitas. A começar que não tem uma Adrienne de 60 anos contando sua história, tudo se passa no presente; ela também não tem 3 filhos, mas apenas dois e Amanda é apenas uma adolescente rebelde e não uma recém viúva. As diferenças de Paul não são muitas, só não deram muita ênfase no fato de ele gostar de correr. A única mudança que achei bem legal foi a interação dos personagens principais com a cidade de Rodanthe, muito legal a cena da festa comemorando o fim da tormenta.

Mas a diferença gritante fica mesmo com a tempestade que passa quase que despercebida no filme, enquanto no livro ela dura 2 dois e é a grande responsável por uma grande noite de paixão ardente e descobrimento de um lindo amor, no filme ela dura apenas uma noite e provoca somente um beijo... e que beijo sem graça!!!

            
            É sempre legal quando em uma adaptação vemos aquelas cenas que se mantiveram fiéis. É legal ver aquilo que lendo nós imaginávamos e passar o imaginário para uma perspectiva mais real. O legal do livro é vivenciar o imaginário, enquanto do filme ver a imaginação transformada em realidade. É por isso que ficamos tão chateados quando uma adaptação não consegue captar aquilo que imaginamos e acabamos nos frustrando. Eu não fiquei totalmente frustrada, mas um pouco chateada.


O que mais me frustrou, por assim dizer foi o fato dos atores não terem conseguido passar o amor forte e verdadeiro de Adrienne e Paul, claro, isso é um pouco de culpa dos roteiristas Ann Peacock e John Romano e do diretor George C. Wolfe, mas tenho que confessar que embora adore o trabalho de Richard Gere, a atuação dele está muito fraca, não passa a emoção de Paul Flanner, nem mesmo o romantismo do personagem. Já Diane Lane está muito bem no papel, carismática, sedutora e simples... como Adrienne.

 
Indico o filme para aqueles que curtem um romance, embora meio sessão da tarde, mas se você realmente curte a arte da boa leitura, não deixe e ler o livro primeiro, mas quando for ver o filme não se assuste como eu em ver que a casa não é branca com janelas pretas... afinal, é apenas uma adaptação!


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